26/02/2008

Solto-me




Quero construir,

Um amanhã que será meu

Onde possa soltar as amarras

Com que o hoje me prendeu

Livrar-me das garras

Que me consomem a vida

Sem dó nem piedade

Deixar para sempre esquecida

Esta minha realidade



Quero voar para outros céus

Construir sonhos só meus

Sem memórias do passado

Esquecer-me que um dia

Tive um presente envenenado

E que em passos de magia

Com todo o amor que recebi

Tal presente esqueci

Nas gavetas que jamais abri



Nestas correntes

Que me aprisionam

Vou deixar meu sofrimento

Os sonhos não me abandonam

E vão gerando outras sementes

Que apagam o ressentimento.



Liz

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