Um Conto de Natal

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Quis escrever um conto de natal
Um conto de amor e fraternidade
com sentimentos de verdade
Mas as palavras não se soltaram
dos meus dedos encobertos
pela tristeza de um mundo indiferente
Um mundo aqui mesmo ao meu lado
de costas voltadas para o próprio mundo
Não há natal nesse mundo ausente
de paz, de amor, de serenidade…
Ofuscam-se as estrelas pelas cores
estridentes… reluzentes… da cidade

Mas… afinal eu só quis
escrever um conto de natal
E não vou desistir, não!
Não vou deixar que a tristeza
encubra os meus dedos cheios
de palavras a quererem transbordar
- Esperança, Amor, Paz, Fraternidade… -
para a folha de papel onde escrevo
os sonhos de um conto ideal
Conto onde as estrelas brilharão
sem se deixarem ofuscar pelas cores
estridentes desse mundo indiferente

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Liz
19/12/2010

Para Um Poeta

Tu não sabias…
Ninguém sabia,
de como as tuas palavras
me afagam a alma
Tu nem sabias que escrevias
para mim
Mas eu sabia… sentia
que eram minhas
as estrelas cadentes
do teu céu sentido
Essas estrelas que iluminam
a minha noite …

E agora, será que sabes
o quanto as tuas palavras
me aconchegam o espírito?

Liz
8/12/2010

Não sou escritora

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Não, não sou escritora…!
Mas sim… tenho este gosto
de brincar com as palavras.
Embrenhar-me, reinventar-me,
saborear cada uma infinitamente…
descobrir todos os sentidos
perdidos nas entrelinhas.

Gosto de dizer coisas minhas
com as palavras de toda a gente.
Em momentos que são meus
desvendar-me ao mundo
perdido em pedaços de papel
atirados ao vento, descoberto
apenas por quem os encontrar.

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Liz
2/12/2010