21/01/2013

Uma Carta de Amor... ridícula, talvez.

 
Está uma tempestade que quase rebenta com o mundo. Parece mesmo o tal dia, tantas vezes anunciado, o dia do fim do mundo. Mas eu quero lá saber! O mundo é só o mundo e o amor é muito maior que o mundo. Se o mundo acabar o amor não acaba e mesmo sem haver mundo eu continuarei a amar-te. Assim, loucamente e sem condicionalismos, sem espaço, sem tempo, apenas eu e tu e o infinito do amor. Este amor louco que nos faz sentir donos do universo. Amor perverso, exigente, castigador. Que não se compadece com as tempestades do mundo.
Não sei que estado de alma é este que me faz sentir, assim, tão dona de mim própria. Apenas obedecendo aos desígnios desta loucura agridoce, onde balançamos os dois numa corda bamba que nos repele e nos atrai para o precipício. Tu passando por entre as fortes cordas da chuva que amarra o temporal, e eu, teu abrigo clandestino, lutando contra o vento para não ruir. Ah meu amor, que mundo é este que tantas tempestades traz com ele? Seria tão mais fácil se fosse só o amor. O amor sem as regras que o mundo impõe. Livre, louco, selvagem, vagabundo da vida e mendigo do destino.
Sabes? Quem me dera conseguir acabar de vez com o mundo…
e depois, reconstrui-lo à minha maneira. Apenas com o lado belo das tempestade. Sim, que as tempestades também têm um lado belo. Quando, entrelaçados, iluminamos o caminho eternizando a claridade de um relâmpago.
 

17/01/2013

Quem me dera ser só espírito ...


Quem me dera ser só espírito… irrequieto, rebelde, contestatário. Como lhe queiram chamar. Mas ser espírito. Trilhar os caminhos do oculto sem regras e voar para bem longe do convencional, navegar num barco à deriva até à fronteira do caos. Não gosto do que é certinho. É previsível de mais. E eu não gosto do que é previsível, não me deixa dar largas à imaginação, não me deixa criar novos mundos. Eu quero criar novos mundos. Mundos sem fachadas, sem convenções, sem regras que são quebradas em surdina.

Quantos são os muros que nos prendem!
 

08/01/2013

Partilhas

 
Dos momentos solenes…
sou eu que os faço…!
Não, não são os de toda a gente,
são apenas meus… e de quem eu gosto.
Porque gosto da entrega,
sem disfarces e sem fingimentos,
gosto de partilhar sentimentos, apenas…
partilhar incondicionalmente!
Gosto de dar porque sim,
de receber sem pedir… coisas sem valor,
gosto de partilhar com amor,
com paixão, com desprendimento,
- que não se amarra o sentimento –
com a alma plena por dentro…!
É assim que eu gosto de fazer
a solenidade do momento!