21/03/2014

Diz-se por aí...

Foto: Photodom.com

Diz-se por aí…
que hoje o dia é da poesia.
Eu… não sei se por desapego
ou se é por esta minha rebeldia,
não a sinto nem mais nem menos
que em qualquer outro dia.

Não sou poeta, não…
mas tenho dias que sou poesia.
Assim como sou mulher, menina,
amante… maré cheia, maré vazia.
Ou fases da lua que se harmonizam
em completa desarmonia.

É a alma que me encaminha
o espírito que se revela
nas mais audazes fantasias…! 



18/03/2014

Os Caminhos da Felicidade

A felicidade é um caminho natural e inerente a cada ser humano. Ninguém nasce para ser infeliz. Há é, muitas vezes, a perda ou a troca do caminho a seguir. Por engano ou por opção, a postura que cada um adopta perante a vida tem implicação directa no seu estado de felicidade ou infelicidade. A felicidade não se adquire, como um bem exterior que se agrega ao corpo, ela constrói-se por dentro. Com a alma, com o espírito, no íntimo das nossas convicções. Adoptando comportamentos que geram bem-estar, paz de espírito e plenitude de alma.
Uma pessoa feliz não faz a sua felicidade depender dos outros, não se deixa dominar por sentimentos negativos, não cultiva ressentimentos nem situações que lhe causam ansiedade, depressão ou stress. Para quê, desperdiçar, com revoltas, o tempo que pode ser ocupado com as coisas boas da vida?
Ser gentil, tratar os outros com dignidade e respeito permite construir relacionamentos mais fortes e duradoiros. Praticar o bem, ser solidário, provoca satisfação e bem-estar. Porque a lei do retorno existe e está constantemente em execução. Ninguém é uma ilha e cultivar relacionamentos saudáveis é fundamental para o bem-estar do espírito.
Fazer de cada problema um desafio, uma oportunidade de superação, uma aprendizagem para fazer mais e melhor, torna-nos mais fortes e seguros. E pessoas mais seguras de si próprias são mais felizes. Não vale a pena ver os problemas como desvantagens, eles têm que ser resolvidos e se concentrarmos as energias na sua resolução mais facilmente eles desaparecem.
Valorizar aquilo que se tem dá um sentido mais profundo de plenitude. Embora o desejo de querer mais e melhor seja legítimo, esse desejo nunca deve ser uma ansiedade mas sim um estímulo para ir mais além. Sonhar, projectar, em grande, prepara a mente para uma atitude positiva, mas com a consciência da importância do que já se tem. Se há coisas pequenas que são importantes, há outras que não merecem a mínima atenção, por isso há que saber filtrar o que realmente importa.
Saber ver nos outros o melhor que eles têm leva-nos a pensar positivo, sem ter necessidade de julgar. Procurar caractericas negativas gera negativismo. Ninguém é culpado dos erros de ninguém, assumir os próprios erros ajuda a caminhar para melhorar. Cada ser humano é uno e tem o seu próprio caminho a percorrer, as comparações são sempre injustas e levam a sentimentos de superioridade ou inferioridade que impedem o progresso. Cada pessoa deve seguir o seu próprio caminho, construi-lo à sua medida, sem procurar a aprovação dos outros. Deve ouvir, trocar opiniões, aconselhar-se, mas tirar as suas próprias conclusões e fazê-las prevalecer.
Cada pessoa deve procurar ter pleno conhecimento de si mesma, gostar de si e sentir-se bem na sua própria companhia. Estar em silêncio sem que isso a incomode e conhecer os próprios limites. Deve exercitar a mente e também o corpo. A frase feita “mente sã em corpo são” é absolutamente certa.
Se é verdade que o passado foi importante para a construção daquilo que somos hoje, também não é menos verdade que é uma realidade já passada, por isso há que viver plenamente o presente, com a consciência do papel do passado mas valorizando acima de tudo o presente.

Fotografia: Zé Luís Brás

Viver com o que é necessário e dá conforto, mas dispensar o que não faz falta. Os excessos incomodam, como tal, cada um deve ter consciência do que precisa e do que o sobrecarrega. Deve viver com a sua realidade e não abdicar da sua verdade.
Ter consciência daquilo que depende, ou não de nós é também um caminho para a felicidade. Adaptando-nos ao que não pode ser mudado e empenhando-nos no que podemos mudar.

Acima de tudo, a felicidade depende das escolhas que ao longo da vida se vão fazendo. Sendo que o objectivo não é a meta mas sim o percurso que se vai fazendo a cada momento. A felicidade não é um estado absoluto e imutável, a felicidade é uma construção contínua ao longo da vida.