03/02/2017

Eu gosto de pessoas

Fotografia de rinaldo romani

É bem verdade que a humanidade me desilude, às vezes. Quando acontecem as maiores barbaridades em nome de um qualquer ideal, quando a compaixão se perde no meio de interesses duvidosos ou até mesmo quando a intolerância perante quem está lado a lado se manifesta, o meu crer desvanece-se com certeza. Chega a quase desaparecer por completo. Porque o propósito da vida não é esse, isso afirmo-o com toda a minha convicção. Mas depois, surgem as coisas mais bonitas que se podem imaginar e torno acreditar.
Porque eu preciso! Preciso acreditar no que me faz bem. E acreditar na humanidade faz-me bem. Serei ingénua, talvez. Ou egoísta, pode-se dizer. Porque esta é a minha forma de sobrevivência. Posso morrer mil vezes de desilusão, mas ressuscitarei sempre a cada gesto de amor universal.

Eu gosto de pessoas…


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